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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Que Texto...!!!

De vez em quando - e pena é que seja só de vez em quando - aparecem-nos textos que, depois de lidos, apetece relê-los

Uma pérola de texto!
Não refere autor, mas acho que qualquer de nós gostaria de o ter escrito. 

PORTUGAL: QUE FUTURO ?...
Trinta e cinco anos de vida.
Filho de gente humilde. Filho da aldeia. Filho do trabalho. Desde criança fui pastor, matei cordeiros, porcos e vacas, montei móveis, entregueiroupas, fui vendedor ambulante, servi à mesa e ao balcão. Limpei chãos, comi com as mãos, bebi do chão e nunca tive vergonha.
Na aldeia é assim,
 somos o que somos porque somos assim.Cresci numa aldeia que pouco mais tinha que gente, trabalho e gente trabalhadora.
Cresci rodeado de aldeias sem saneamento básico, sem água,
 sem luz, sem estradas e com uma oferta de trabalho árduo e feroz.
Cresci numa aldeia com valores, com gente que se olha nos olhos, com gente solidária, com amigos de todos os níveis, com família ali ao lado.
Cresci com amigos que estudaram e com outros que trabalharam. Os que estudaram, muitos à custa de apoios do Governo, agora estão desempregados e a queixarem-se de tudo. Os que sempre trabalharam lá continuam a sua caminhada, a produzir para o País e a pouco se fazerem ouvir, apesar de terem contribuído para o apoio dos que estudaram e a nada receberem por produzir.
Cresci a ouvir dizer que éramos um País em Vias de Desenvolvimento e... de repente éramos já um País Desenvolvido, que depois de entrarmos para a União Europeia o dinheiro tinha chegado a "rodos" e que passamos de pobretanas a ricos "fartazanas".
Cresci assim, sem nada e com tudo.
E agora, o que temos nós?
1. Um país com duas imagens.
     A de Lisboa: cidade grandiosa, moderna, com tudo e mais alguma coisa, o lugar
   onde tudo se decide e onde tudo se divide, cidade com passado,
 presente e futuro.
      E a do interior do país, território desertificado, envelhecido,abandonado,
   improdutivo, esquecido, pisado.

2. Um país de vícios.
     Esqueceram-se os valores, sobrepuseram-se os doutores. Não interessa a tua
  
 história, interessa o lugar que ocupas.
   Não interessa o que defendes,
 interessa o que prometes.
   Não interessa como chegaste lá, mas sim o que
 representas lá.
   Não interessa o quanto produziste, interessa o que
 conseguiste.
   Não interessa o meio para atingir o fim, interessa o que me
 podes dar a mim.
   Não interessa o meu empenho, interessa o que obtenho.
   Não
 interessa que critiquem os políticos, interessa é estar lá.
   Não interessa
 saber que as associações de estudantes das universidades são o
   primeiro
 passo para a corrupção activa e passiva que prolifera em todos os
   sectores
 políticos, interessa é que o meu filho esteja lá.
   Não interessa saber que
 as autarquias tenham gente a mais, interessa é que eu
   pertença aos quadros.

     Não interessa ter políticos que passem primeiro pelo mundo do trabalho, interessa é que o povo vá para o c...*

3. Um país sem justiça.
     Pedófilos que são condenados e dão aulas passados uns dias.
   Pedófilos que
 por serem políticos são pegados em ombros e juízes que são enviados para as catacumbas do inferno.
     Assassinos que matam por trás e que são libertados passados sete anos por bom
   comportamento!

     Criminosos financeiros que escapam por motivos que nem ao diabo lembram.
     Políticos que passam a vida a enriquecer e que jamais têm problemas ou alguém
   questiona tais fortunas.
   Políticos que desgovernam um país e
 "emigram" para Paris.
   Bancos que assaltam um país e que o povo ainda ajuda
 a salvar.
     Um povo que vê tudo isto e entra no sistema, pedindo favores a toda a hora e
   alimentando a máquina que tanto critica e chora.

4. Um país sem educação.
    Quem semeia ventos colhe tempestades.
    Numa época em que a sociedade global apresenta níveis de exigência altamente
   sofisticados, em Portugal a educação passou a ser um circo.
   Não
 se podem reprovar meninos mimados.
   Não se pode chumbar os malcriados. Os
 alunos podem bater e os professores nem a voz podem levantar. Entrar na universidade passou a ser obrigatório por causa das estatísticas. Os professores saem com os alunos e alunas e os alunos mandam nos professores.
     Ser doutor, afinal, é coisa banal.
5. Um país que abandonou a produção endógena.
     Um país rico em solo, em clima e em tradições agrícolas que abandonou a sua
   história.

    Agora o que conta é ter serviços sofisticados, como se o afamado portátil fosse a salvação do país.
   Um país que julga que uma mega fábrica de
 automóveis dura para sempre.
   Um país que pensa que turismo no Algarve é que
 dá dinheiro para todos.
   Um país que abandonou a pecuária, a pesca e a
 agricultura.
   Que pisa quem ainda teima em produzir e destaca quem apenas
 usa gravata.
   Um país que proibiu a produção de Queijo da Serra artesanal na
 década de 90 e que agora dá prémios ao melhor queijo regional.
   Um país que
 diz ser o do Pastel de Belém, mas que esquece que tem cabrito de
  
 excelência, carne mirandesa maravilhosa,
   Vinho do Porto fabuloso, Ginginha
 deliciosa, Pastel de Tentugal tentador, Bolo Rei português, Vinho da Madeira, Vinho Verde, lacticínios dos Açores e Azeite de
   Portugal para
 vender.
   E tanto, tanto mais... que sai da terra e da nossa história.

6. Um país sem gente e a perder a alma lusa.
     Um país que investiu forte na formação de um povo, em engenharias florestais, zoo técnicas, ambientais, mecânicas, civis, em arquitectos, em advogados, em médicos, em gestores, economistas e marketeers, em cursos profissionais, em novas tecnologias e em tudo o mais, e que agora fecha as portas e diz para os jovens emigrarem.
     Um país que está desertificado e sem gente jovem, mas com tanta gente velha e
   sábia que não tem a quem passar  tamanha sabedoria.
   Um país com
 jovens empreendedores que desejam ficar mas são obrigados a partir.
   Um país
 com tanto para dar, mas com o barco da partida a abarrotar.
   Um país sem
 alma, sem motivação e sem alegria.
   Um país gerido por porcaria.

E agora, vale a pena acreditar?
Vale. Se formos capazes de participar, congregar novos ideais sociais e de mudar.
Porquê acreditar?
Porque oitocentos anos de história, construída a pulso, não se destroem em 40 anos. Porque o solo continua fértil, o mar continua nosso, o sol continua a brilhar e a nossa alma, ai a nossa alma, essa continua pura e lusitana e cada vez mais fácil de amar

domingo, 1 de junho de 2014

O PORQUÊ DO VOTAR OU NÃO?!

PESCADA DE RABO NA BOCA.... LEIAM COM ATENÇÃO. Independentemente de ser de esquerda ou direita, o importante deste texto é acabar com a ideia de que o voto em branco é uma atitude cívica, útil.
Uma impressionante vaga de grupos e páginas pessoais no facebook têm vindo a apelar ao voto em branco e nulo.
Leiam o artigo de um conceituado jornalista.
O voto branco e nulo, tem poder?
"É de respeitar a posição de quem prefere não optar, mas o voto branco não funciona para quem quer tomar posição na luta social e política.
Uma impressionante cadeia de emails anónimos tem divulgado uma mentira. Um apelo ao voto branco "contra estes políticos" garantia que, "se a maioria da votação for de votos em branco, são obrigados a anular as eleições e fazer novas, mas com outras pessoas diferentes nas listas".
Tanto circulou a mentira, que a Comissão Nacional de Eleições teve de lançar um esclarecimento sobre a lei: "Os votos em branco e os votos nulos não têm influência no apuramento dos resultados - será sempre eleito, à primeira ou segunda volta, o candidato que tiver mais de metade dos votos expressos, qualquer que seja o número de votos brancos ou nulos."

NOTA OFICIOSA DA COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES
Os votos brancos e nulos já atingiram percentagens importantes. Somados, em eleições presidenciais anteriores, chegaram a 2% a 3%, ultrapassando mesmo alguns candidatos. Cabe perguntar: quem o recorda? Quem se incomodou? Quem vibrou e quem tremeu? Os votos brancos e nulos são uma má opção de protesto, desde logo porque podem não ser protesto nenhum. São apenas uma expressão vazia, onde cabe o apelo autoritário, a hesitação radical (que não se decide a tempo), a desilusão do momento e a confusão com a abstenção. É de respeitar quem prefere não optar, mas o voto branco não funciona para quem quer tomar posição na luta social e política.
ensinar as crianças politica votar
À esquerda, o apelo ao voto branco é uma desistência absoluta. Nestas presidenciais, a direita e a burguesia portuguesa unificaram-se na candidatura de Cavaco Silva. É o candidato da austeridade, da "recessão-que-cura", do "ajustamento no factor trabalho", dos CEO e dos accionistas de referência. Manuel Alegre foi sempre uma voz de divergência com a capitulação perante o liberalismo, uma garantia na defesa dos serviços públicos, uma voz em defesa dos direitos do Trabalho." Jorge Costa, Jornalista e Dirigente do BE
Cada voto do cidadão, para além de pôr no poleiro os mafiosos que nos (des) governam e lhe garantir salários de luxo para o resto da vida, ainda oferece 1/135 do salário mínimo, actualmente em €485,00, ou seja, cada 135 votos dão 485 euros ao partido!!!) 1 voto = €3,60. Significa que cada cidadão entrega, a todos os partidos votados, o quadruplo dessa importância (€14,40), atingindo uma despesa superior a 70 milhões de euros; Vejamos o caso do PS. Teve 1.566.347 votos. Recebeu a módica quantia de 5.627.246 euros. ARTIGO COMPLETO
A polémica sobre o assunto é grande, e dispendiosa, mas, pelo menos sabe-se que não votar PS/PSD/CDS era um grande contributo que os portugueses davam para o bem nacional.
A polémica gira em volta do valor da abstenção, do voto em branco ou nulo. Não passam de opiniões... As opiniões divergem e nada está suficientemente explicito. Pressupõe-se que seja de propósito, que não haja nada de esclarecedor, concreto ou válido, sobre o assunto. Isto só por si, tem um significado ultrajante. Não convém que os eleitores saibam ou possam utilizar o voto, a seu favor. Não convém que os eleitores possuam poder, seja através do voto ou de outra qualquer ferramenta democrática, utilizada em países com democracias reais. (referendos, petições, manifestações, etc, em Portugal não possuem poder.
Por isso questiono, se votar neste sistema e nestes senhores é uma atitude cívica ou democrática?
Se o voto é a voz , a arma e a vontade do povo, então deveria ser o povo a decidir qual o significado do voto em branco, do voto nulo e da abstenção... jamais os políticos, que mais uma vez, tomaram para si um direito que era nosso.
Que seja o povo a decidir o que pretende dizer com a abstenção, com o voto nulo e com o voto em branco, e que consequências isso traz, para os políticos e para o país.
Não tenho solução, nem respostas, nem certezas, e pelos vistos ninguém tem, pois andamos há décadas a ser roubados e enganados e ninguém sabe como os deter. Ninguém possui a arma ou a voz para fazer valer os direitos dos que são roubados, desprezados e despojados de direitos e etc.
Eles, os eleitos e candidatos, tencionam proteger-se num império indestrutível, jamais nos iam dar o poder de destruir o seu império, através de simples votos, ou qualquer outra loucura democrática.
Todos unidos, resta-nos mostrar ás pessoas, que ainda andam iludidas, a espécie de seres que nos governa. Substituir a ignorância do povo pela indignação, a inércia pela revolta. É isso que eu procuro, creio que a solução terá de ser pela revolta, pois eles jamais abdicarão do seu império de livre vontade.
O voto nulo, branco, abstenção não possuem qualquer valor ou força para mudar o caos que nos impõem, a não ser que nos organizássemos e fossem massivos. Algo impossível pois bastam as seitas de boys e militantes dos respectivos partidos, para lhes dar a vitória. Portanto devemos assumir que jamais será possível que o povo se una nesse objectivo. Somos incapazes de nos unir e muito menos organizar, e para isso muito contribui a farsa dos partidos, para dividir as pessoas " Dividir para reinar".
O voto é apenas um beco sem saída. E enquanto não percebermos isso, não vamos lutar para mudar as coisas. A abstenção massiva, organizada e reivindicada seria apenas uma manifestação e não uma posição definitiva.
O império da partidocracia está bem assegurado, através das autarquias, das câmaras, das freguesias, das paróquias e das seitas de militantes que desempenham o papel de autênticos missionários, angariadores de fieis votantes.
Basta haver uma maioria ENTRE OS QUE VOTARAM VÁLIDO, para que eles ganhem sempre.
Uma entre as muitas medidas a tomar se vivêssemos em democracia, seria determinar de forma definitiva e inequívoca, o valor de cada acto do eleitor...
O voto nulo significaria X e teria como impacto Y a partir da percentagem X
O voto branco significaria W e teria como impacto X
A abstenção significaria L e teria o impacto K
Mas dar voz ao povo, dar armas ao povo com balas jamais seria benéfico para os nossos saqueadores que gostam de nos ver encurralados entre escolher corruptos, ou como alternativa ... outros corruptos.
Votar não trará a solução. Para aqueles que esperam resolver os problemas de Portugal nas urnas, desenganem-se.
Para aqueles que acham que votar é um dever e um direito, lavagem demagógica fortemente implementada nos cérebros portugueses. Votar apenas serve os interesses dos que nos saqueiam, e jamais pode ser um dever e um direito dos saqueados, votar neles e no regime deles.
Para aqueles que não sabiam que cada voto branco, nulo ou válido dá dinheiro aos larápios dos partidos.
Para aqueles que ainda acham que o voto é o símbolo da democracia, recordem que, democraticamente, o voto deveria representar a vontade e a voz do povo, e não representa. Apenas representa o que os beneficiários desses mesmos votos, quiserem.
Para aqueles que se recusam a deixar de votar porque muitos morreram a lutar pelo direito ao voto, devo acrescentar que ao votar estão a ofender o sangue e a luta dos que lutaram pelo direito ao voto. Porque os que empreenderam essa luta, não foi certamente por este tipo de voto que lutaram. Lutaram pelo voto democrático, com poder, com valor, com capacidade de mudar o que o povo achar que está errado, injusto e corrompido. Não foi por estes votos inúteis e inócuos que os portugueses lutaram... não se iludam, não alinhem na farsa.
De todas as atitudes eleitorais, a que me parece mais benéfica para o povo é a abstenção, já que tal como o branco e nulo, não produz qualquer impacto, mas pelo menos poupamos o dinheiro das subvenções, poupamos gasolina e tempo, ficando em casa, e não pactuamos como o regime instalado, de votos ditatoriais.
O voto em branco e tem o mesmo valor do voto nulo. Em suma, votar em branco ou nulo é não saber votar... Nem tu, nem ninguém pode dar um sentido diferente ao voto daquele que a lei lhe confere.
Queres mudar Portugal? Então muda a forma de pensar e de agir... já basta.
Criticar a impotência dos votos, a manipulação do voto, a incapacidade do voto de representar o povo e defender os direitos do povo, não é apelar à abstenção, é criticar e exigir votos que realmente mudem o que está errado, travem os que nos roubam, penalizem os que agem mal, e não os inocentes.
A abstenção serviria apenas como uma manifestação de descontentamento, daqueles que já perceberam o embuste, a falsidade e o logro que é o voto.
Quer Votes branco, nulo, ou PS, ou PSD, ou CDS, ou não votes, ganha sempre a ZON, A PT, A EDP, A SONAE, O BES, ... OS DONOS DE PORTUGAL... deixem-se de polémicas fúteis e vamos é pensar como mudar esta democracia da treta, que é uma ditadura de ricos e políticos contra pobres. Não são os que se abstêm que elegem os corruptos, são todos os outros... que de uma forma ou outra colaboram na farsa e a alimentam.
Outras perspectivas:
Porque alinhas na farsa da democracia? Queres que continue?
-Marinho Pinto apela a uma revolução pela abstenção
-Votar é o nosso doce... obedece e vota
-Votar é uma maçã envenenada
-Votar é enriquecer parasitas?
-Insistir no erro, cegueira ou burrice?
-Votar é um direito ou um dever.
- Democracia de fachada
- Eduquem os políticos, imunidade parlamentar?
- Na Finlândia os políticos são escolhidos por mérito.
Valor do voto:
- Como é que podemos acreditar que escolher criminosos para nos governar pode ser um direito ou um dever? Escolher pessoas manipuladoras, mentirosas, desconhecidas e de integridade duvidosa... é um direito? Escolher pessoas para cargos com poderes ilimitados, impunidade ilimitada, sem qualquer competência, ou provas dadas de mérito, sem responsabilidade jurídica pelo seus actos, é um direito??? Mas quem é que ainda acredita nesta lenga lenga conveniente aos criminosos que nos arruinaram e arruínam?
«Para se livrar dos governos não é necessário lutar contra eles pelas formas exteriores, é preciso unicamente não participar em nada, basta não sustentá-los e então cairão aniquilados.» Citação - (Liev Tolstoi)

Os nossos leitores gostaram igualmente de
ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/11/o-poder-do-voto-voto-em-branco-e-nulo.html#ixzz33KKhwXJj

PS; Tenho pensado muito sobre toda esta situação do impacto do voto... lendo tudo isto, vem ao encontro das minhas pertensōes. Por isso concordo e, quem assim o não quiser ver, para mim é cego duas vezes! Já a revolta num sistema dito democrático não é viável, quase impossível até de o fazer. Aqui o que precisamos é que o povo se arme com sabedoria e, concensualmente se chegue a alguma positiva situação futura. VAMOS REPASSAR ISTO NAS REDES SOCIAIS JÁ... obrigado a todos.

A.C.S.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Glória aos ex-Combatentes!! Aos meus "Companheiros de Luta" cordiais saudações...

GUERRA COLONIAL PORTUGUESA 1961 - 1974 
Jonathan Llewellyn

Espero que perdoem a um estrangeiro intrometer-se neste grupo, mas é preciso que alguém diga certas verdades.
A insurgência nos territórios ultramarinos portugueses não tinha nada a ver com movimentos nacionalistas. Primeiro, porque não havia (como ainda não há) uma nação angolana, uma nação moçambicana ou uma nação guineense, mas sim diversos povos dentro do mesmo território. E depois, porque os movimentos de guerrilha foram criados e financiados por outros países.
ANGOLA – A UPA, e depois a FNLA, de Holden Roberto foram criadas pelos americanos e financiadas (directamente) pela bem conhecida Fundação Ford e (indirectamente) pela CIA.
O MPLA era um movimento de inspiração soviética, sem implantação tribal, e financiado pela URSS. Agostinho Neto, que começou a ser trabalhado pelos americanos. só depois se virando para a URSS, tinha tais problemas de alcoolismo que já não era de confiança e acabou por morrer num pós-operatório. Foi substituído pelo José Eduardo dos Santos, treinado, financiado e educado pelos soviéticos.
A UNITA começou por ser financiada pela China, mas, como estava mais interessada em lutar contra o MPLA e a FNLA, acabou por ser tolerada e financiada pela África do Sul. Jonas Savimbi era um pragmático que chegou até a um acordo com os portugueses.
MOÇAMBIQUE - A Frelimo foi criada por conta da CIA. O controleiro do Eduardo Mondlane era a própria mulher, Janet, uma americana branca que casou com ele por determinação superior. Mondlane foi assassinado por não dar garantias de fiabilidade, e substituído pelo Samora Machel, que concordou em seguir uma linha marxista semelhante à da vizinha Tanzânia. Quando Portugal abandonou Moçambique, a Frelimo estava em tal estado que só conseguiu aguentar-se com conselheiros do bloco de leste e tropas tanzanianas.
GUINÉ –- O PAIGC formou-se à volta do Amílcar Cabral, um engenheiro agrónomo vagamente comunista que teve logo o apoio do bloco soviético. Era um movimento tão artificial que dependia de quadros maioritariamente cabo-verdianos para se aguentar (e em Cabo Verde não houve guerrilha). Expandiu-se sobretudo devido ao apoio da vizinha Guiné-Konakry e do seu ditador Sékou Touré, cujo sonho era eventualmente absorver a Guiné portuguesa.
Em resumo, territórios portugueses foram atacados por forças de guerrilha treinadas, financiadas e armadas por países estrangeiros. Segundo o Direito Internacional, Portugal estava a conduzir uma guerra legítima. E ter combatido em três frentes simultâneas durante 13 anos, estando próximo da vitória em Angola e Moçambique e com a situação controlada na Guiné, é um feito que, miitarmente falando, é único na História contemporânea.
Então porque é que os portugueses parecem ter vergonha de se orgulharem do que conseguiram?
Publicado a 01 de Junho 2013 por Jonathan Llewellyn em "Publicações recentes de outras pessoas", aqui na nossa Página.

O SOCIALISMO explicado por SALAZAR

“- Esse Socialismo de Estado, que muitos apregoam e aconselham como um regime avançado, seria, na verdade, o sistema ideal para lisonjear o comodismo nato e o delírio burocrático do comum dos portugueses. Nada mais cómodo, mais garantido, mais tranquilo, do que viver à custa do Estado, com a certeza do ordenado no fim do mês e da reforma no fim da vida, sem a preocupação da ruína ou da falência. O Socialismo de Estado é o regime burguês por excelência. A tendência para esse regime, entre nós, deve, portanto, procurar-se mais no fundo falho de iniciativas da nossa raça, do que noutras preocupações de ordem social.
O Estado não paga muito mal e paga sempre. É-se desonesto, além disso, com maior segurança, com segura esperança de que ninguém repare. As próprias falências, os desfalques, as irregularidades, se há compadres na governação, são facilmente abafados e os défices cobertos – regalia única! – pelos orçamentos de Estado. As iniciativas, por outro lado, não surgem, não progridem, porque o patrão é imaterial, quase uma imagem. As coisas marcham com lentidão, com indolência, com sono.
É possível que essa socialização tenha dado ou possa vir a dar óptimos resultados em qualquer outro país.
Entre nós, os resultados não podiam ter sido piores nalgumas experiências já feitas…”

... entendido?? ou é preciso explicar melhor !!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A Irreal Realidade!

(LER ESTA REALIDADE que É CARACTERÍSTICA do SER HUMANO... em Qualquer parte do "Mundo"!)  *’O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'*

'Fingi ser gari (varredor) por 1 mês e... vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'.
Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
- *'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.*
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objecto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me
reconheciam por causa do uniforme.
Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço.
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e gordurenta.
E, como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo.
No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro académico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajecto e ninguém em absoluto me viu.
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado.
Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis.
Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
Esses homens hoje são meus amigos.
Conheço a família deles, frequento a casa deles nas periferias.
Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
**Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!*
*"Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa.*
· Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.*
*O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor”.*

segunda-feira, 4 de março de 2013

Sobrevivendo 2013

PROPOSTAS DE ALTERNATIVA à austeridade, que tudo está a mirrar, isto no que toca a CORTE DE DESPESA nas ditas gorduras.Por isso:

- Reduzam 50% do Orçamento da Assembleia da República e vão poupar +- 43.000.000,00€
- Reduzam 50% do Orçamento da Presidência da República e vão poupar +- 7.600.000,00€
- Cortem as Subvenções Vitalícias aos Políticos deputados e vão poupar +- 8.000.000,00€
- Cortem 30% nos vencimentos e outras mordomias dos políticos, seus assessores, secretários e companhia e vão poupar +- 2.000.000.00€
- Cortem 50% das subvenções estatais aos partidos políticos e pouparão +- 40.000.000,00€.
- Cortem, com rigor, os apoios às Fundações e bem assim os benefícios fiscais às mesmas e irão poupar +- 500.000.000,00€.
- Reduzam, em média, 1,5 Vereador por cada Câmara e irão poupar +- 13.000.000,00€
- Renegociem, a sério, as famosas Parcerias Público Privadas e as Rendas Energéticas e pouparão + 1.500.000.000,00€.

Só aqui nestas "coisitas", o país reduz a despesa em mais de 2 MIL e CEM MILHÕES de Euros.

Mas nas receitas também se pode melhorar e muito a sua cobrança.
- Combatam eficazmente a tão desenvolvida ECONOMIA PARALELA e as Receitas aumentarão mais de 10.000.000.000,00€
- Procurem e realizem o dinheiro que foi metido no BPN e encontrarão mais de 9.000.000.000,00€
- Vendam 200 das tais 238 viaturas de luxo do parque do Estado e as receitas aumentarão +- 5.000.000,00€
- Façam o mesmo a 308 automóveis das Câmaras, 1 por cada uma, e as receitas aumentarão +- 3.000.000,00€.
- Fundam a CP com a Refer e outras empresas do grupo e ainda com a Soflusa e pouparão em Administrações +- 7.000.000,00€

Nestas "coisitas" as receitas aumentarão cerca de VINTE MIL MILHÕES DE EUROS, sendo certo que não se fazem contas à redução das despesas com combustíveis, telemóveis e outras mordomias, por força da venda das viaturas, valores esses que não são desprezíveis.
Sendo assim, é ou não possível, reduzir o défice, reduzir a dívida pública, injetar liquidez na economia, para que o país volte a funcionar?

Há, ou não HÁ, alternativas?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Copiem isto para os vossos blogs!

Pedido de alteração (urgente) à Constituição da República Portuguesa.
  1. O deputado será pago apenas durante o seu mandato e não terá reforma proveniente exclusivamente do seu mandato.
  2. O deputado vai contribuir para a Segurança Social de maneira igual aos restantes cidadãos.
  3. Todos os deputados ( Passados, Presentes e Futuros) passarão para o actual sistema de Segurança Social imediatamente. O deputado irá participar nos benefícios do regime da Segurança Social exactamente como todos os outros cidadãos. O fundo de pensões não pode ser usado para qualquer outra finalidade. Não haverá privilégios exclusivos.
  4. O deputado deve pagar seu plano de reforma, como todos os portugueses e da mesma maneira.
  5. O deputado deixará de votar o seu próprio aumento salarial.
  6. O deputado vai deixar o seu seguro de saúde actual e vai participar no mesmo sistema de saúde como todos os outros cidadãos portugueses.
  7. O deputado também deve estar sujeito às mesmas leis que o resto dos portugueses
  8. Servir no Parlamento é uma honra, não uma carreira. Os deputados devem cumprir os seus mandatos (não mais de 2 mandatos), e então irem para casa e procurar outro emprego.
  9. O tempo para esta alteração à Constituição é AGORA. Forcemos os nossos políticos a fazerem uma revisão constitucional.
Assim é como se pode corrigir o abuso insuportável que está a acontecer na nossa «ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA».

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"Dá que pensar" por Miguel Esteves Cardoso


«Na Europa, cada manifestação "do orgulho Gay" contou, em média, com 100.000 pessoas. Cada manifestação Contra a Corrupção teve, em média, cerca de 2.500 pessoas! Estatisticamente, fica provado que há mais gente a lutar pelo direito de levar no rabo, do que lutar para não ser enrabado.»

domingo, 14 de outubro de 2012

Palmas a uma grande "Formiga"!


Joaquim Amaro 
Urbanização Quinta João de Ourém, Lote 8- 2.º Direito 
8700-132 Olhão 
                                        
Exmo. Senhor 
Doutor Miguel Macedo 
Ministro da Administração Interna 
Praça do Comércio
1149-015 Lisboa 

Registada c/ Aviso de Receção 

Olhão,25/09/2012 

Senhor Ministro, 
Com os meus cumprimentos, dirijo-me a V. Excelência verberando as suas recentes declarações que transcrevo: 
“Portugal é um País com muitas cigarras e poucas formigas”
Esta sua afirmação leva-me a concluir que o Senhor Ministro por ignorância ou desconhecimento, não sabe interpretar o sentido da fábula da cigarra e da formiga. 

Eu explico:
As formigas são a maioria dos Portugueses que o Senhor ofendeu com a sua infeliz afirmação, que trabalham (aqueles que têm trabalho) e levam para casa uns míseros trocos para o sustento das suas famílias. 
Para que o Senhor Ministro meça no futuro as suas palavras, não resisto a contar-lhe a fábula como eu a conheço: 
Aqui vai, nasci no longínquo ano de 1939 numa freguesia rural do Alentejo.  
Sou filho de um camponês que tinha mais cinco descendentes, sendo eu o mais velho.
A formiga era o meu pai que trabalhava de sol a sol (assim como uma grande parte dos portugueses).
Ouso perguntar-lhe: O Senhor Ministro alguma vez na sua vida ouviu cantar o galo? Eu disse galo, não disse cigarra, essa certamente já a ouviu, porque elas só cantam com o sol em pleno.
Era precisamente à hora que os galos cantavam no verão entre as 4,30 horas e as 5,00 da manhã que ele se levantava para ir trabalhar. Levava no alforge um bocado de pão, azeitonas, toucinho ou chouriço, quando o havia e iniciava mais um dia de calvário calcorreando cerca de 2 léguas a pé para chegar à Quinta de São Pedro, onde trabalhava.  
Chegado ali, dirigia-se às cavalariças para aparelhar as mulas, dar-lhes de beber e alguma ração e em seguida iniciava os trabalhos consoante a época do ano e que consistiam, em lavrar e arar a terra, semear, mondar, ceifar, debulhar as sementes e muitos outros serviços inerentes à atividade agrícola.
O Senhor Ministro antes de dizer aquelas “palermices” tem consciência do que é estar à boca de uma debulhadora ou a ceifar sob o tórrido sol do Alentejo? Eu respondo por si; não tem porque o Senhor nasceu em berço de ouro. 
Quando o sol desaparecia no horizonte, no verão cerca das 21,00 horas, dirigia-se às cavalariças, desaparelhava o gado, dava-lhes água, palha e ração e regressava a casa, muitas vezes debaixo de grandes intempéries (isto no inverno, como é óbvio), atravessando ribeiras e trilhando caminhos cheios de lama, muitas vezes às escuras e com um feixe de lenha às costas para os filhos se aquecerem no inverno. Ceava qualquer coisa e deitava-se mais morto do que vivo, porque muitos dias não conseguia dormir com as dores que sentia no corpo.
O Senhor imagina o que é fazer este ritual todos os dias do ano, praticamente sem um dia de descanso a não ser no dia de festa da aldeia, sim, porque neste tempo não havia feriados, nem fins-de-semana.
Tudo isto para trazer para casa uma jorna de 105 escudos por semana, correspondente a 7 dias a 15 escudos diários. 
Depois do meu pai chegar a altas horas da noite a minha mãe ia à mercearia do Sr. Silvério, pagar o avio da semana para poder trazer o outro para a semana seguinte, porque se não o fizesse não havia seguinte. 
O Senhor Ministro comeu alguma vez pão com 8 dias ou mais?
Com certeza que não porque o Senhor nunca comeu o pão que o diabo amassou, como diz o povo do qual se arvora em defensor.  
O Senhor alguma vez ouviu falar nas cadernetas de racionamento?
Certamente pensará que estou a ironizar. Não estou não senhor. Não se trata de uma caderneta de cromos era um livrinho que foi distribuído às famílias para controlar o consumo a que estavam autorizados e obrigados ao tempo. 
Sabe o Senhor Ministro o que é que esta formiga amealhou durante os anos em que viveu e tanto se sacrificou? Eu digo-lhe, miséria e fome, tal como alguns milhões que o senhor infelizmente apelida de cigarras. 
Sabe qual foi a escolaridade dos meus irmãos? Nenhum chegou à 4.ª classe, porque tiveram que ir guardar porcos e trabalhar no campo para minorar a pobreza do agregado familiar.
Agora espero que tenha compreendido na verdadeira aceção da palavra, o papel da formiga, comento o papel da outra interveniente na fábula. 
A cigarra é o Senhor que está no governo e muitos outros que por lá têm passado que conduziram o País à miséria e quase à bancarrota, arvorando-se em defensores dos desprotegidos e dos mais pobres, que são afinal as únicas vítimas da crise e dos desmandos que os senhores estão a praticar e praticaram. 
A cigarra são os senhores bem-falantes que estão na Assembleia da República, com bons vencimentos, mordomias e privilégios que ninguém tem, que se intitulam defensores do povo. Qual povo, qual carapuça, os senhores são é defensores dos tachos” quando aí estão e quando saem para a vida privada. Afirmam muitos que para servir o País e a bem de Portugal, estão a perder dinheiro. 
Como tenho pena dos “coitados”. Porque não experimentam viver com o salário mínimo nacional durante uns anos? Porque não têm a reforma só aos 65 anos como a maioria dos portugueses, aqueles que apelidam de cigarras?
A cigarra leva a vida a cantar é o que vocês fazem tentando adormecer os portugueses. Cuidado que eles estão a despertar e o feitiço pode voltar-se contra o feiticeiro e de repente o tapete desaparece debaixo dos vossos pés e ainda podem vir a ser responsabilizados pelo mal que têm feito a este triste País.
Levam uma vida faustosa e de luxúria com bons carros, motoristas, grandes banquetes e sabe-se lá mais o quê e ainda têm o descaramento de chamar “cigarras” aos desgraçados que têm espoliado escandalosamente, contrariando inclusive a própria Constituição da República. Os Senhores foram mandatados para nos governar, não para nos desgovernar. 
Sabe o Senhor Ministro porque temos muitas cigarras e poucas formigas, eu explico: 
Porque os senhores são muitos e para cúmulo mandaram quase um milhão de formigas para o desemprego e para a miséria. Foram os senhores e os vossos antecessores, que mercês das vossas políticas desastrosas acabaram com o aparelho produtivo do País.  
Foram os políticos que estiveram nos sucessivos governos que, escudados na obrigatoriedade de cumprirem diretivas emanadas da União Europeia, acabaram com a agricultura, com as pescas e outras atividades que eram o sustentáculo da produção nacional ao ponto de não sermos mais autossuficientes em alguns produtos. 
O Senhor Ministro lembra-se ou alguma vez viu os campos verdejantes do Alentejo cobertos de trigo, cevada, grão, milho e outros cereais? Lembra-se de campos cobertos de papoilas e malmequeres? 
Sabe o que vejo atualmente nesses campos outrora verdejantes e cultivados?
Vejo-os ao abandono e desertificados. 
Triste realidade a que nos conduziram. Houve evolução depois do 25 de Abril, houve sim senhor. O País melhorou em muitos aspetos; melhorou sim senhor. Piorou noutros; piorou. 
Deixou de haver respeito e palavra de honra, não se respeitam as autoridades, as instituições, os professores, os mais velhos e quanto à palavra de honra à gente que não sabe o seu significado, incluindo os políticos do seu governo que hoje dizem uma coisa e amanhã outra. Diz-se que navegam à vista, eu, diria navegam ao sabor das correntes, isto é, dos seus interesses.
É por causa das vossas políticas que as empresas abrem falência diariamente e são mandados para o desemprego milhares de portugueses que vão engrossar o número das “cigarras”. 
O mais grave é que teimosamente os senhores não reconhecem os vossos erros. 
A seu tempo o Imperador Napoleão Bonaparte censurou um dos seus generais de brigada e disse-lhe o seguinte: 
“Junot o mal não está no erro, está na persistência do erro”
Este recuou na sua estratégia. Os senhores também recuam para depois investirem de forma mais austera, tendo sempre como destinatários os mais desfavorecidos e aqueles que trabalham. 
Em suma, sempre os mesmos. 
Dizem as cigarras estar preocupadas com a justiça, com a corrupção, com a fuga ao fisco e muito mais. O Dr. Paulo Morais, sabe e disse-o na televisão e numa entrevista no Correio da Manhã, onde está instalada a corrupção. Porque não lhe perguntam? 
Certamente que ele vai colaborar e eu também, dizendo que estão instalados na Assembleia da República que é afinal o centro de todas as decisões. 
Os lobby’s e os interesses instalados não abdicam dos seus privilégios e assim torna-se muito difícil tomar medidas estruturais. 
Os problemas de Portugal além de estruturais são económicos. Se não produzimos, não exportamos e diminuímos o consumo interno. 
Diminuindo o consumo interno asfixiamos o mercado nacional e somos obrigados a importar, fator que implica o agravamento da nossa balança comercial.
Deixo estas apreciações aos senhores economistas que tudo sabem, mas, que raramente estão em sintonia com as causas com que nos debatemos. 
Não vou alongar-me mais Senhor Ministro, apesar de ter muito para lhe dizer. Quando assisto aos debates na Assembleia da Republica, quase sempre nas vossas interpelações, oiço alguns gracejos, pelo que não devo bater-lhe mais, para não o deixar cheio de nódoas negras, mais, do que aquelas que já tem com a sua atuação que espero em breve ver julgada pelos portugueses. 
O Senhor Ministro sabe a tristeza que eu sinto, quando perpasso o olhar pelo hemiciclo e oiço os senhores falarem em sacrifícios que os portugueses precisam de fazer para sair da crise e vejo um grupo de “emproados e anafados deputados”, defendendo as suas damas e acusando-se uns aos outros. Sim porque a culpa é sempre dos outros.  
Senhor Ministro depois de ter ofendido a maioria dos portugueses que o elegeram, sugiro-lhe que se demita ou apresente a todos as suas desculpas, dizendo que as suas palavras foram deturpadas e foram reproduzidas fora de contexto? Aliás o final da sugestão é o que normalmente acontece quando os governantes metem “a pata na poça” como diz o povo. Reconhecer os erros é humildade, precisamente o contrário de arrogância. 
Ouso perguntar-lhe se já viu a foto da menina que na manifestação de 19 do corrente junto ao Palácio de Belém, está a abraçar um polícia e que está a correr mundo nas redes sociais?
Se ainda não viu; veja que é elucidativa. Espero que o pobre coitado não seja castigado, pois, apesar de ter muita vontade, não esboçou sequer um sorriso apesar de a garota ser linda e muito ternurenta. 
Penso que o elucidei sobre a verdadeira essência da fábula acima descrita para que não cometa mais “argoladas”  

Reitero os meus cumprimentos, 


. 

  1. Joaquim Amaro 
B.I. 1346083 


Nota - Esta carta respeita as normas do novo acordo ortográfico. 

COM CONHECIMENTO: Aos Grupos Parlamentares do P.S.D. / P.S. / C.D.S./P.P. / P.C. / B.E. E P.E.V..